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Documento publicado nesta quinta-feira (2) orienta profissionais de saúde sobre identificação, atendimento e notificação de casos suspeitos
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) divulgou nesta quinta-feira (2) uma nota técnica com orientações para hospitais, unidades de pronto atendimento e profissionais de saúde diante do risco de intoxicação por metanol. O composto químico, também chamado de álcool metílico, é altamente tóxico e pode estar presente em combustíveis, solventes, tintas e, principalmente, em bebidas alcoólicas clandestinas e adulteradas .
O que é o metanol e por que é perigoso
Segundo o documento, a ingestão de metanol pode provocar sintomas iniciais como sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas e vômitos em até seis horas após o consumo. Entre seis e 24 horas, os sinais podem evoluir para visão turva, convulsões, coma e acidose metabólica grave. Em casos mais severos, a intoxicação pode levar à cegueira irreversível e até à morte .
Definição de casos suspeitos e confirmados
A nota define como caso suspeito todo paciente que apresente sintomas compatíveis após ingestão de bebida alcoólica. Já o caso confirmado ocorre quando exames laboratoriais apontam alterações típicas, como acidose metabólica, ou quando há detecção de metanol no sangue ou na urina .
Como deve ser feito o atendimento
O protocolo clínico orienta que não sejam realizadas lavagem gástrica nem uso de carvão ativado, já que essas medidas não eliminam quantidades significativas da substância. O tratamento recomendado é a administração de etanol absoluto (99,9%), que atua como antídoto ao competir com o metanol na metabolização pelo organismo. Em casos graves, pode ser necessária hemodiálise .
Notificação obrigatória e coleta de amostras
Todos os casos suspeitos devem ser imediatamente notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com encaminhamento da ficha epidemiológica às vigilâncias municipais e ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) Estadual. Além disso, sangue ou urina do paciente devem ser coletados e congelados para análise no Laboratório de Toxicologia Analítica Forense da USP de Ribeirão Preto, por meio de cromatografia gasosa .
Onde obter o antídoto
A nota também estabelece que hospitais e unidades de saúde podem solicitar ampolas de álcool etílico absoluto diretamente aos hospitais das Clínicas da USP, da Unicamp ou de Ribeirão Preto. A entrega depende da apresentação da ficha de notificação do caso .
Alerta às autoridades locais
A Secretaria de Saúde reforça que a rápida notificação, o atendimento imediato e a coleta adequada de amostras são essenciais para reduzir os riscos de óbitos e sequelas graves. O documento foi elaborado pelo Instituto Adolfo Lutz, pelo Centro de Vigilância Epidemiológica e pelo Centro de Vigilância Sanitária, e revisado em 2 de outubro de 2025