Em uma façanha que parece história de pescador, mas é totalmente real, Odair Aparecido Camargo, de 53 anos, morador de Mira Estrela (SP) e guia de pesca, capturou em dias consecutivos dois pirarucus gigantes às margens do Rio Grande, na divisa de São Paulo com Minas Gerais.

Na sexta-feira (15), Odair fisgou o primeiro exemplar: um pirarucu de 133 kg e 2,27 metros. No sábado (16), ele conseguiu superar o próprio recorde ao capturar outro pirarucu, desta vez com impressionantes 161 kg e 2,30 metros de comprimento. “O segredo é ter paciência”, disse o pescador sobre o feito.

Conhecido como "bacalhau do Norte", o pirarucu é uma das maiores espécies de peixes de água doce do mundo. Embora seja típico da Bacia Amazônica, sua presença no Rio Grande é frequente, especialmente entre as usinas hidrelétricas de Marimbondo e Água Vermelha. Na região, a pesca dessa espécie é permitida por ser considerada invasora e sem predadores naturais.

Odair, que trabalha como guia de pesca desde 1991, afirma que exemplares ainda maiores podem existir no Rio Grande, estimando que alguns alcancem até 250 kg. “Mas peixe assim, desse tamanho, ninguém pega”, brincou.

CURIOSIDADES SOBRE O PIRARUCU

• Origem do nome: Do tupi-guarani, "pira" (peixe) e "urucu" (vermelho).
• Tamanho e peso: Pode ultrapassar 3 metros e pesar até 220 kg.
• Escamas resistentes: Suas escamas grossas podem resistir até mordidas de piranha.
• Espécie invasora: Considerado sem predadores naturais na bacia paulista, sua pesca é liberada mesmo em períodos de restrição como a piracema.

A pesca dos gigantes do Rio Grande reforça a importância da preservação ambiental e o turismo sustentável na região, além de destacar o protagonismo de guias como Odair no cenário da pesca esportiva.

RESUMO DA NOTÍCIA 

Pescador captura pirarucus gigantes no Rio Grande em SP - Odair Aparecido Camargo, morador de Mira Estrela (SP) e guia de pesca, capturou dois pirarucus gigantes em dias consecutivos no Rio Grande, região noroeste de São Paulo. Os peixes pesaram impressionantes 133 kg e 161 kg, com mais de dois metros de comprimento. A pesca reforça a presença desses gigantes típicos da Bacia Amazônica no interior paulista.